Recentemente tive a oportunidade de jogar Corepunk, um MMORPG que mistura elementos de fantasia, cyberpunk e até mesmo uma pitada de MOBA. A primeira impressão é que ele é, de fato, um jogo divertido e diferente do que estamos acostumados. A câmera isométrica e o estilo de combate lembram bastante jogos como League of Legends ou Diablo, mas com uma proposta própria.
Um ponto importante a ser destacado é o preço: R$150. Para o padrão brasileiro, é um valor considerável, chegando perto de 10% do salário mínimo atual. Isso por si só pode ser uma barreira para muitos jogadores, principalmente se levarmos em conta que ainda se trata de um jogo em desenvolvimento, com muitas promessas futuras.
Até o momento, Corepunk não apresenta mecânicas pay-to-win, o que é um grande alívio. Em um cenário onde muitos MMORPGs acabam caindo na tentação de vender vantagens por dinheiro real, é bom ver que, por enquanto, o jogo se mantém justo. No entanto, sabemos que o mercado de RPGs online é altamente lucrativo, e a pressão por monetização é constante. Se algum dia o jogo adotar um modelo abusivo, será o fim da minha parceria com ele.
O gameplay é simples. As habilidades são diretas, o número de classes e equipamentos é reduzido, e isso contribui para uma experiência mais leve e acessível. Corepunk não é um jogo para quem busca profundidade extrema ou complexidade estratégica. Ele é, na verdade, uma ótima opção para preencher aquele tempo entre temporadas de outros jogos mais exigentes.
Um dos pontos mais divertidos de Corepunk é jogar com amigos. A experiência se torna muito mais agradável quando todos estão ali para se divertir. Por outro lado, entrar em grupos "try-hard" — onde tudo é levado a sério demais — pode arruinar completamente o clima do jogo. É justamente por isso que eu, pessoalmente, nunca consegui gostar de League of Legends. Prefiro o "Corezinho", com sua pegada mais tranquila e seu ritmo menos tóxico.
Corepunk é uma boa pedida para quem quer algo diferente, mais leve e casual, sem abrir mão de um mundo interessante e uma jogabilidade divertida. Ele ainda está longe de ser um "MMO definitivo", mas pode muito bem ocupar aquele espaço entre jogos mais sérios ou temporadas competitivas. Fique de olho nas atualizações e, principalmente, nas decisões da desenvolvedora em relação à monetização.
Se ele continuar do jeito que está — honesto, simples e divertido — tem meu apoio. Se mudar... bem, a parceria termina aqui.